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O corredor rodoviário intereoceânico ligando o porto de Santos, em São Paulo, aos portos de Arica e de Iquique, no Chile, deve ser inaugurado em 2009, conforme meta dos países envolvidos no projeto: Brasil, Bolívia e Chile.
Mato Grosso do Sul ocupa localização a meio caminho entre os portos. A situação fez o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), Luiz Pagot, afirmar que o Estado, a exemplo Mato Grosso e Acre, será diretamente beneficiado.
Recepcionados pelo governador André Puccinelli (PMDB), autoridades dos três países beneficiados -- Brasil, Bolívia e Chile -- passam o dia em Campo Grande discutindo o projeto. Nesta manhã, no Parque dos Poderes, houve uma breve explanação da situação nos países.
O corredor sai do porto de Santos em dois trechos (sistema dual) até Três Lagoas (MS). No Mato Grosso do Sul o corredor é a rodovia federal BR-262 que passa por Campo Grande, Aquidauana e Corumbá, de onde entra na Bolívia, passando, entre outras, por Puerto Soares e Santa Cruz de La Sierra. Ao cruzar o território boliviano adentra o Chile até o oceano Pacífico, nos portos mencionados.
Para ser inaugurado, resta ainda a pavimentação de dois trechos na Bolívia, entre Pailon e Puerto Soares, obra em execução por empreiteiras brasileiras com recursos financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Canteiro de obras
A porção brasileira, embora toda pavimentada, deverá receber investimentos para atingir nível de excelência, segundo Pagot. Está previsto o investimento de US$ 250 milhões em dois anos só no Mato Grosso do Sul.
Os recursos compreendem obras por quase todo o trecho sul-mato-grossense, tais como US$ 10 milhões para o contorno urbano de Corumbá e US$ 60 milhões para construção de ponte em Três Lagoas, desviando o tráfego sobre a barragem do rio Paraná para a ponte, cuja extensão será de 7,4 km (quilômetro).
O diretor-regional do DNIT em Mato Grosso do Sul, Marcelo Miranda, lembrou ainda que está prevista a pavimentação da terceira faixa entre Três Lagoas e Campo Grande, além das passagens superiores sobre a ferrovia.
Diferente de São Paulo, em Mato Grosso do Sul os recursos serão do governo federal, por se tratar de rodovia federal.
Segundo o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o Brasil tem capacidade de exportar 135 milhões de toneladas de grãos em 2010, além da exploração da atividade turística, citando o Pantanal. Ele citou ainda atrativos dos demais países, como o planalto boliviano e a região desértica do Chile.
A assessora para Assuntos Internacionais do governo do Estado, Yeda Guimarães, esclareceu que o corredor está incluído no EID (Eixo de Integração e Desenvolvimento) Interoceânico Central, que por sua vez integra a IIRSA (Iniciativa para a Integração da Infra-Estrutura Sul-Americana).
No caso específico do corredor, trata-se de rodovia, porém, os eixos contemplam rodovias, ferrovias e hidrovias, explicou ainda Yeda.
Para o secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrobato, o projeto não tem o mero objetivo de integrar portos, mas desenvolver as regiões dos países envolvidos, e equacionar as assimetrias.
Fonte: Midiamax - Campo Grande
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