segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Aterro Sanitário de Aquidauana funciona como lixão (Carolina Acosta)

Após várias denúncias, a equipe da Fm Pan foi analisar as reclamações recebidas sobre a situação do aterro sanitário de Aquidauana.

O aterro começou a funcionar a cerca de três anos por um sistema de célula. As células são os buracos feitos para aterrar o lixo. Para proteger o solo, as células são revestidas de uma lona impermeável.

Quando a cratera enche, o lixo é aterrado e outra célula é aberta e assim por diante. Acontece que, esse trabalho é feito através de licitação e as células estão cheias e já foram tapadas. Como não há outro lugar para se jogar esse lixo, os trabalhadores do aterro jogam o lixo por cima das células já compactadas.

Todo o material fica exposto a céu aberto e os moradores do bairro Nova Aquidauana reclamam do mau cheiro. A contaminação do solo é visível, levando em conta o período de chuvas e a proximidade do córrego João Dias.

Meio ambiente – o lixo produz um líquido conhecido como chorume, altamente tóxico. Segundo o biólogo José Américo, esse líquido pode estar atingindo o lençol freático.

“Devido às circunstâncias e o período de chuvas esse chorume pode estar contaminando o córrego também”, explicou Américo.

A entrada no aterro sanitário só é permitida com autorização da Prefeitura.

O outro lado – o secretário de Planejamento, Ronaldo Ângelo esclareceu que a construção das células funcionam por licitação e que o mesmo está aberto.

Segundo ele, durante a campanha eleitoral foram cancelados os processos licitatórios. “Na última quinta-feira foi reaberta as licitações e existe um prazo de 30 dias para fechar as negociações”, disse Ângelo.

Para ele, há boa vontade da administração em resolver os problemas.

Amanhã, o Secretário Ronaldo Ângelo concede às 11h uma entrevista no Programa Radar.

Existe um projeto para instalação de uma empresa de reciclagem no aterro, mas até hoje o projeto não foi finalizado. Cerca de 80% do lixo poderia ser reciclado.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.