quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Odilon Ribeiro pode ter candidatura cassada em Aquidauana

Carolina Acosta - FM PAN de Aquiauana - MS

Sem prestar contas à Justiça Eleitoral, o candidato a prefeito de Aquidauana, fazendeiro Odilon Ribeiro (PDT), pode ter a sua candidatura cassada. A ação, impetrada na 10ª Zona Eleitoral e movida pela coligação "Aquidauana tem Futuro", pede a cassação do registro da candidatura e é baseada no fato de Ribeiro ter apresentado suas contas, à Justiça Eleitoral, sem que houvesse nenhum gasto especificado, conforme determinação legal.

Segundo o advogado André Beda, os gastos de Ribeiro são públicos e estão expostos nas ruas de Aquidauana. "Ele não pagou carros de som, posto de gasolina, santinhos, adesivos, placas e demais materiais de campanha? Tudo isso tem um custo e, com certeza, não foi custo zero", disse o advogado.

"Deixar de prestar contas ou prestá-la de forma fraudulenta é motivo de cassação de registro de candidaturas. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem sido rigoroso com os políticos nas prestações de contas, inclusive cassando diplomas e mandatos",
afirmou Beda.

Carro de assessor

Na semana passada, um veículo pegou fogo no comitê de Odilon. Imediatamente, o seu advogado Antônio Trindade acusou o adversário político de Ribeiro - sem provas ou conclusões da Policia Civil -, de ter sido autor ou mandante do incêndio.

Para o candidato a prefeito Fauzi Suleiman (PMDB), tal acusação sem consistência é fruto do desespero de quem está perdendo as eleições. Ao ser perguntado sobre o fato, o candidato que lidera as pesquisas de intenções de votos em Aquidauana disse, demonstrando indignação: "O que ganharíamos com isso?"

"Eu enviei um ofício para o secretário de Justiça e Segurança Pública, pedindo apuração do fato, pedi providências à Justiça Eleitoral e para a Polícia Federal, fui eu quem pediu, não eles. Agora sou eu quem quer uma apuração rigorosa dessa história. Já disputei duas eleições e nunca usei deste expediente, estou liderando as pesquisas e não tenho índole nem motivo para fazer uma coisa dessas. Estão brincando com a Justiça e com a opinião pública, querem se passar por vítimas", declarou com tranqüilidade Fauzi.

Histórico em culpar oposição

Costumeiramente, o grupo do prefeito de Aquidauana culpa a oposição pelas mazelas ou problemas que surgem na sua administração. A mais recente culpa atribuída à oposição foi o incêndio do carro de um assessor do candidato, que é tio de Luiz Felipe Ribeiro Orro (PDT). Num outro episódio, a casa do pai do prefeito Luis Felipe Ribeiro Orro foi pichada e ele, novamente sem provas, se apressou em acusar a oposição. Até agora nenhum culpado foi encontrado.

Sobre esse fato, alguns sites de notícias de Aquidauana realizaram enquetes e a resposta da população, com mais de 80% da opinião pública, foi que acreditavam ser armação do prefeito, tentando se passar por vítima. Naquele momento Aquidauana vivia uma epidemia de dengue e a oposição ao prefeito crescia nas ruas e no meio político.

Assessoria do candidato do PMDB a prefeito de Aquidauana.

Nenhum comentário:

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.